quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Em que é que ele é melhor que eu?

Um dos exercícios que me lembro fazer no 1º ciclo, em Língua Portuguesa, era o de transformar, por exemplo uma frase, na negativa; ou então mudar o sujeito.
Proponho que o façam, com a "caixa" do Expresso da edição papel do último Sábado, substituindo "Joe" por "eu"...
"Joe Berardo foi salvo pela banca quando três das quatro instituições a quem devia dinheiro pela compra de mil milhões de euros em acções do BCP (com menos-valias de 800 milhões) aceitaram uma renegociação altamente favorável ao investidor.
A Caixa, o BCP e o BES (a excepção foi o Santander) aceitaram prolongar o prazo de pagamento do empréstimo e tomaram como garantia 75% da entidade que gere a colecção de arte, além de outros activos do empresário madeirense.
O conjunto destes bens não deverá, no entanto, cobrir mais do que cerca de metade da dívida".
Eu confesso que estou à espera de ser convidado para o Conselho de Administração de um grande Banco Internacional (não o faço por menos...): há quem diga que trabalho muito, ganho pouco, pago cada vez mais por menos, e ainda assim chego ao fim do mês, sem ajudas, a conseguir comprar leite ao meu puto...

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Jesus e Obama

Diz a Bíblia (evangelho segundo Mateus, capítulo 21) que, quando Jesus entrou em Jerusalém,
vinha em jumentinho emprestado, mas a multidão estendia as suas vestes pelo caminho e cortava ramos de árvores, e os espalhavam à Sua passagem, clamando todos: "Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!".
E toda a cidade se alvoroçou, dizendo: "Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galiléia"; até os meninos clamavam: "Hosana ao Filho de Davi!".
Curiosamente, apenas três dias mais tarde, enraivecidos, preferiram soltar um perigoso assassino, de seu nome Barrabás, vociferando para Pilatos: "Crucifica Jesus!".
Quantos serão os dias que a multidão vai dar a Obama?

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Em dia de greve

Em dia de greve, é grave que a greve não grave quem nos tem agravado.

sábado, 10 de janeiro de 2009

Porque desprezaram a História?

"A crise económica (...) reflecte a crise mais geral do capitalismo liberal e da democracia liberal (...), uma vez que a economia procurou encontrar caminhos para a sua recuperação a partir do liberalismo de Estado, ao mesmo tempo que se consolidava o capitalismo monopolista. Mesmo nos EUA, as leis anti-trusts perderam o efeito e grandes empresas - industriais e bancárias - tomaram conta do cenário económico, protegidas pela política não intervencionista adoptada(...)."
Encontrei este fragmento em http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=31 a propósito da Grande Depressão... de 1929, ao preparar aulas para o 9º ano de escolaridade, e dei para mim a pensar que, há 18-20 anos, a carga lectiva de História neste ano era de 3 a 4 horas/semana, e agora é de... 90 min!...
Não resisto a perguntar: se, a nível global, os decisores não tivessem desprezado efectivamente o ensino da História, não teria sido possível evitar esta nova Grande Depressão, cujas consequências ainda não conseguimos avaliar totamente?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Vivemos na ponta do iceberg?



Lembrei-me da Bíblia (I aos Coríntios, cap. 13)

"1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
5 Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
6 Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor."